Olheiras, cansaço físico e mental, mau humor e a falta de produtividade são alguns dos sintomas de uma sequência de noites mal dormidas. Mas, apesar de parecer tarefa simples, nem sempre é fácil diagnosticar se o seu sono é não ou saudável. Mas afinal, como saber se estou dormindo bem? Ou mesmo como descobrir por que dormimos mal?
Sono, uma história
Antes de começar a busca por um diagnóstico, é importante definir o que é e para que precisamos dormir. Segundo o cientista e professor inglês Matthew Walker no livro Por que nós dormimos?, “o sono ainda é um dos últimos grandes mistérios da biologia”. Isso se dá pelo fato de que, também de acordo com Walker, a ciência carrega um fracasso histórico em explicar os motivos que nos levaram a precisar dele.
Apesar disso, sabemos algumas coisas sobre essa atividade. Uma delas, por exemplo, é que o sono é classificado em quatro fases: REM (ou Rapid Eye Movement) e o não-REM, sendo o último dividido em três estágios.
Pesquisas também confirmam que poderosas ondas cerebrais acontecem durante os estágios de sono considerados profundos e que elas agem como uma espécie de mecanismo de transferência, transportando memórias de curto prazo para espaços de armazenamento de longo prazo. O que torna “dormir bem” peça fundamental para a manutenção da boa memória e o máximo proveito do aprendizado.
UMA BOA NOITE DE SONO É FUNDAMENTAL PARA GARANTIR QUE AS INFORMAÇÕES RECEBIDAS AO LONGO DO DIA SEJAM ARMAZENADAS E LEMBRADAS A LONGO PRAZO.
Dormir é uma necessidade biológica não negociável.
Parafraseando, mais uma vez, o escritor de Por que nós dormimos?, dormir é uma necessidade biológica não negociável e a privação do sono já apresenta impactos trágicos para a nossa saúde, bem-estar e segurança, podendo se transformar em um dos maiores desafios que enfrentaremos neste século.
Afinal, o que é dormir bem?
Assim, percebemos que a definição de “dormir bem” não se limita à como foi a sua noite. Ela passa, também, pela forma como você se sente ao acordar ou mesmo pela sua disposição ao longo do dia. O cansaço e a falta de foco podem, por exemplo, indicar que a sua noite de sono não tem a qualidade e/ou quantidade ideal e que algo precisa ser mudado.
Dormir bem não é sobre a noite e sim sobre o dia.
Como saber se estou dormindo bem?
Em uma entrevista para o Talks at Google, Matthew Walker afirma que, caso o seu alarme não toque pela manhã e, por isso, você acabe dormindo além do tempo, esse é um sinal de que não dormiu o suficiente. Já o Dr. Drauzio Varella, em um vídeo no seu canal do Youtube, diz que a quantidade ideal de sono para cada pessoa é aquela que não permite que você sinta vontade de dormir durante o dia.
Desse modo, acordar cansado, sentindo que precisava de mais um tempo na cama, sem disposição para o dia ou mesmo sentindo dores no corpo são alguns dos sinais de que você não está dormindo muito bem. Além disso, apresentar dificuldades para pegar no sono ou mesmo ter muita facilidade para dormir durante o dia podem ser alertas de que o seu sono não é reparador.
Da mesma forma, ter noites agitadas, marcadas por pesadelos e movimentação excessiva, além do despertar constante pode ser um sinal alerta de que você deve fazer algumas modificações na sua rotina para conseguir dormir melhor.
O que fazer para dormir bem?
Em outras publicações do blog já comentamos sobre dicas para dormir bem e até mesmo para criar uma rotina de sono ideal e em todas elas destacamos que não existe solução fácil para esse dilema.
Por isso, priorizar uma boa noite de sono indica necessariamente escolher hábitos saudáveis ao longo do dia, criando uma rotina que, além de trazer benefícios durante a noite, ainda aumentam as suas chances de ter uma vida mais saudável e produtiva.
