A luz azul dos aparelhos eletrônicos inibe a liberação de melatonina e pode afetar o funcionamento normal do ciclo circadiano.
A presença constante de aparelhos eletrônicos na rotina das pessoas têm levantado uma questão importante: Afinal, a luz azul é prejudicial? E quais são seus principais impactos?
Embora esteja presente em fototerapias para tratamentos de depressão e outras doenças, a luz azul também afeta os níveis de produção e liberação da melatonina, hormônio responsável pela regulação do sono. Por esse motivo, uma população que permanece diante de telas o dia todo, até mesmo imediatamente antes de dormir, inevitavelmente sofrerá com alterações no funcionamento natural do organismo.
Essas alterações, em casos mais graves, podem desencadear distúrbios de sono, agravar quadros de depressão, ansiedade, obesidade, diabetes, entre outras doenças. Quer saber mais sobre o que é a luz azul e seus impactos à saúde? Continue a leitura!
O que é luz azul?
Você já ouviu falar no espectro de luz visível? Essa denominação compreende a faixa de radiação que sensibiliza a visão humana, ou seja, os feixes de luz que o olho humano consegue identificar.
Dentro deste espectro estão diferentes frequências e comprimentos de onda que geram a percepção de uma cor específica. Essas frequências, quando combinadas, transformam-se na luz branca, como a luz do sol.
A luz azul é, justamente, um desses comprimentos de onda que compõem o espectro de luz visível. Ela compreende um terço da radiação que uma pessoa consegue discernir, podendo estar, em média, entre 400 a 500 nanômetros (nm), unidade de comprimento de onda. Também é subdividida em duas categorias principais: luz azul turquesa e luz azul violeta
A LUZ AZUL FAZ PARTE DO ESPECTRO DE LUZ VISÍVEL DO SER HUMANO E COMPREENDE OS COMPRIMENTOS DE ONDA ENTRE 400 E 500 NM.
A luz azul turquesa é aquela emitida pelos raios solares, e é considerada benéfica ao organismo. Ela estimula a produção de Vitamina D e serotonina, além de auxiliar na regulação do ciclo sono-vigília. Isso porque, quando somos expostos à luz do sol pela manhã, a produção de melatonina é inibida, o que faz com que o cérebro entenda que é hora de acordar.
Já a luz azul violeta é oriunda de lâmpadas de LED e aparelhos eletrônicos. É considerada prejudicial à saúde, podendo gerar diversas lesões nos órgãos oculares, além de inibir a liberação de melatonina em horários inadequados.
Todavia, é importante pontuar que a luz azul violeta não é prejudicial a todo momento. Isso porque, quando utilizada em fototerapias pela manhã, auxilia o organismo a despertar e pode melhorar a disposição e sensação de bem-estar. Tanto é que existem “banhos de luz azul” utilizados para tratamento de depressão e outras doenças.
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Onde ela está presente?
Primeiramente, como a luz azul faz parte do espectro visível, faz parte da luz do sol, que compreende todos os comprimentos de onda e cores percebidas pelo olho humano. Além de participar da radiação solar, ela está presente em lâmpadas LED de luz branca e, principalmente, nos aparelhos eletrônicos como TVs, computadores e smartphones.
Essa presença nos aparelhos eletrônicos é, justamente, um dos motivos que suscita a discussão sobre os fatores prejudiciais da exposição excessiva a essa radiação. Segundo a pesquisa Acorda, Brasil! realizada pela Persono, 78% dos brasileiros estão levando o celular para a cama durante a pandemia. Isso é extremamente prejudicial à qualidade do sono, uma vez que a luz azul emitida pelos gadgets afeta os níveis de produção e secreção de melatonina, hormônio responsável pela regulação dos ciclos circadianos.
A LUZ AZUL PRESENTE EM COMPUTADORES E NO CELULAR CAUSA INSÔNIA QUANDO O INDIVÍDUO SE EXPÕE A ELA CONSTANTEMENTE, UMA VEZ QUE INIBE A PRODUÇÃO DE MELATONINA.
Efeitos da luz azul no sono
Antes de falarmos sobre os efeitos da luz azul no sono, é preciso compreender o funcionamento do corpo e como ele organiza seus ciclos.
Resumidamente, para que possamos dormir, a glândula pineal libera a melatonina, hormônio responsável pela regulação dos ciclos circadianos – período de 24 horas que orienta nosso relógio biológico. E para que a melatonina seja produzida, a pessoa precisa estar em um ambiente escuro. Dessa forma, o cérebro entende que é noite e, portanto, é hora do corpo desacelerar e descansar.
No sentido contrário, a exposição à luz inibe a liberação de melatonina e sinaliza ao corpo que ele precisa atingir um pico de energia para se manter alerta. E onde a luz azul interfere nesse processo?
Como mencionamos, ela está presente tanto na radiação solar quanto em aparelhos eletrônicos. Em ambos os casos, a exposição a essa luminosidade inibe a produção de melatonina e aciona um estado de alerta do organismo. E isso independente do período do dia.
Ou seja, se já anoiteceu e você permanece conectado às telas durante horas a fio, a produção de melatonina continua interrompida, o que prejudica o ciclo do sono e, em casos mais graves, pode suscitar distúrbios como a insônia.
A desregulação dos ciclos, além de alterar o sono e contribuir para a insônia e quadros depressivos, pode desencadear problemas metabólicos que levam ao ganho de peso e à obesidade. O excesso da luz azul também pode causar cansaço da visão, lesões da retina, fadiga e irritabilidade – pela privação do sono – e prejudica até mesmo pacientes com cirurgia de catarata.
A LUZ AZUL PRESENTE EM COMPUTADORES E NO CELULAR CAUSA INSÔNIA QUANDO O INDIVÍDUO SE EXPÕE A ELA CONSTANTEMENTE, UMA VEZ QUE INIBE A PRODUÇÃO DE MELATONINA.
Essa relação entre a luz azul e o sono é preocupante porque cansaço e fadiga, por exemplo, podem ocasionar picos de estresse e produção de cortisol, que afetam a forma como você dorme. Além disso, pacientes com obesidade podem desenvolver distúrbios como apneia do sono, enquanto pessoas com depressão podem sofrer com a insônia.
Como evitá-la e dormir bem?
Agora que você já sabe que a luz azul faz mal para um sono de qualidade, confira dicas práticas para evitá-la e descansar com mais qualidade.
1. Durante a noite, prefira o modo noturno dos aparelhos eletrônicos
Para evitar que seu celular te tire o sono, ative o modo noturno durante a noite. Diversos smartphones possuem essa funcionalidade, que faz com que o aparelho passe a emitir luzes quentes, mais confortáveis aos olhos. Além disso, existem aplicativos que filtram a luz azul das telas.
2. Descanse os olhos de tempos em tempos
Além das alterações na produção de melatonina, o excesso de luz azul pode prejudicar a visão e causar fadiga. Portanto, a cada 30 minutos em frente às telas, procure descansar os olhos, observando um ponto distante por alguns segundos.
3. Utilize óculos com filtros de luz azul
Se você trabalha em frente ao computador durante o dia todo e tem o hábito de usar o celular durante a noite, vale a pena investir em óculos com filtros de proteção contra a luz azul. Dessa forma, você protege sua visão e evita alterações drásticas nos seus ciclos circadianos.
4. Distancie-se de aparelhos eletrônicos antes de dormir
Dessa forma, você prepara o seu corpo para descansar e evita a luz azul no quarto. Se não conseguir dormir, prefira ler um livro ou realizar uma meditação, relaxando o corpo e a mente para uma noite mais tranquila e agradável
E você? Já sabia que a luz azul é prejudicial para a qualidade do sono? Se quiser acompanhar mais conteúdos informativos como este, além de novidades sobre produtos Noomana, inscreva-se na nossa newsletter, preenchendo o formulário abaixo.
